sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Senta, que lá vem história!

Era uma vez...

...uma rainha chamada Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança (ufa). Como já era de se esperar, antes de ser rainha a Maria foi princesa. Não qualquer princesa, mas a Princesa do Brasil (além de ser Princesa da Beira e Duquesa de Bragança).

Como ela era muito importante, não podia se casar com qualquer um. Teve que garantir a continuidade dinástica da Casa de Bragança casando-se com o tio Pedro de Bragança.

Tiveram quatro filhos, entre eles João, que um dia assumiria o trono como D. João VI e por causa de umas confusões com um maluquinho francês que gostava de usar chapéu e montar em seu cavalo Branco, Joãozinho correu sair de Portugal rumo ao Brasil.

Tão às pressas que sua mãe, a Maria, disse uma frase que entrou para a história: Não corram tanto, vão pensar que estamos a fugir. Frase bem sincera, embora o que comentam por aí é que ela não tinha pressa nenhuma por acreditar que estava mesmo era indo para o inferno...

Resumindo, a nossa Maria não batia lá muito bem dos pinos e isso lhe rendeu a fama de Louca.

Curiosidade? Já que a Maria era meio lelé da cuca, só permitiam que ela saisse acompanhada de muitas damas da corte. A Maria, que ia rodeada de muitas outras damas fez nascer a expressão Maria vai com as outras.

Mas este continua sendo um blog de gastronomia onde o que nos interessa não é a transformação da Princesa em Rainha ou da Rainha em Louca, mas sim a transformação da Maria em padaria.

E se tem uma coisa que português entende bem é de padaria, ora pois.


A casa de pães Maria Louca, ali na rua dos patriotas, oferece uma infinidade de opções. E como em toda boa padaria fui envolvida por seus aromas logo na entrada.

Ambiente bem iluminado, amplo, com rápido atendimento e cardápio inusitado. Os lanches foram batizados, por exemplo, com nomes de antigos cinemas do bairro do Ipiranga.


Não resisti à garoa de bacon descrita no cardápio e ataquei um Cine Soberano.

Conselho, vá com fome, muita fome. Muitíssimo bem servido e acompanhado de batatas. Bom, se tem bacon... eu sou suspeita para falar, mas...

De verdade, lanche generosamente montado e muito saboroso, daqueles de fazer os olhos brilharem a cada mordida. 


Como nem só de bacon se vive, há também opções mais lights. O Cine Anchieta com rúcula, tomate e filé mignon grelhado é bem mais leve.


Lanche para quem é de lanche. Buffet pra quem é de buffet, no mezanino servem todas as refeições do café-da-manhã ao jantar, com grande variedade também, mas que deixei para experimentar em uma próxima visita.

Sugestão, quando estiver em uma padaria nada melhor para terminar a refeição que um delicioso doce. Riquíssima oferta de doces. Optei pelo de café, com pistache e physalis de decoração.


Um lugar que faz juz ao slogan que tem: Sabor em todos os sentidos.

E já que...

...além de comida estamos falando de história. Saímos da padaria e resolvemos fazer uma visitinha ao palácio construído como monumento da independência. Ali no Ipiranga mesmo, onde o Pedrinho I, neto da Maria, recebeu uma carta do João e resolveu proclamar a independência.


Afinal, foi assim que o infante e serelepe Pedrinho tornou-se imperador, casou-se com a Imperatriz Leopoldina (a da escola de samba) apaixonou-se pela Marquesa de Santos...

...e eles viveram felizes para sempre...

Bom... eles eu não sei, mas esse domingo foi bem feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário