terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

História meio ao contrário

Porque as historias não precisam necessariamente começar pelo começo.

Vamos direto ao último dia da viagem. O dia de nossa visita a Guarapari. Por que eu escolhi começar a história da viagem pelo fim?

Simples, porque foi apenas neste dia que provamos o tal do peroá.

Desde que a agência de turismo local nos buscou no aeroporto ouvimos falar que preciávamos provar o peroá capixaba.

Pois bem, já que foi a primeira indicação da culinária local, nada mais justo que ele esteja presente logo no primeiro post desta aventura.

Então, como eu dizia. No último dia de passeio fomos conhecer Guarapari e suas areias monazíticas embaixo de muita chuva. É, o mundo desabava sobre nossas cabeças, mas é praia, férias e não seria uma chuvinha qualquer que estragaria a oportunidade de experimentar novos sabores e aproveitar o visual.

Por indicação da Turismo Capixaba e guiadas pelo simpático e falante Rodrigo, paramos no quiosque Caranguelua na Praia dos Namorados.

Sem sol para colocarmos os pés na areia a solução foi enfiar o pé na jaca logo cedo com direito a chopp estupidamente gelado em canecas congelantes.


Mas nossos olhos brilharam mesmo ao experimentar o maravilhoso pastel de angu. Bem diferente daquele que fizemos aqui em casa (lembra?). Massa fininha, super crocante e bem temperada com opções de recheio cremosas de frango ou carne seca.


Só de pensar a boca enche de água e a vontade é de correr para a cozinha refazer esta receita do jeito que ela merece.

Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas estamos aqui para falar da lenda do peixe com cabeça, o tal do peroá.

Peroá nada mais é do que o porquinho, tão popular em terras paulistas, mas servido com cabeça, sem falar que o peroá de lá é bem maior que o porquinho daqui.

Servido acompanhado de bananas grelhadas, batatas fritas e cebolas bêbadas. Tantos acompanhamentos que nem dá para ver o peixe quando a porção é servida. Acredite, há um grande peixe aí embaixo.


A graça é comer a carne que há na cabeça. Por ser um pouco mais gordurosa seu gosto é mais marcante e sua textura mais firme. Devo confessar que é extremamente merecido que esta iguaria local seja mesmo assim tão comentada. Carne macia, suculenta, de derreter na boca... sem falar das cebolas bem crocantes... sensacional.

Ainda mais quando apreciado com uma maravilhosa vista para o mar.


No fim, mesmo embaixo de chuva tivemos um lindo dia, com mar, areia, muitas fotos, muitos sabores e com direito a voltar para o ônibus sujas de areia. E claro, com uma impotantíssima missão cumprida, a de comprar uma camiseta para o meu cunhado que ama Guarapari de longa data.

Tudo bem que o que se espera das Férias é mesmo sombra e água fresca, mas bem que essa água fresca não precisava cair do céu.

OBS: O título do post é uma homenagem a um livro de Ana Maria Machado lido e relido desde a infância, até de trás pra frente.

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